quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Síndrome de Júpiter

COISAS QUE JÁ EXISTEM.

Júpiter é um planeta do sistema solar, me ensinaram. Ele é o maior e tem muitas luas, fiquei sabendo depois de muitos anos vividos. Li também que ele tem uma tempestade permanente, circulando o planeta em sua linha do equador. É enorme. Não vou aqui repetir dimensões que os cientistas tentam explicar, pois não queremos transformar o que fazemos em tratado científico. No momento basta saber que Júpiter é grande, fica longe, tem ano com muitos dias (muitos mais dias do que a terra, sendo seu próprio dia muito mais longo que o nosso) e ... tem uma tempestade.

DEVANEIOS.

É de tardezinha, quase noite, mas ainda dá para se ver a moita de bambus, lá nos “fundão” junto do córrego que limita o sítio, que tem em sua parte mais alta uns pés de café, que sobrou do que fora um cafezal promissor; diziam até que era um jardim. Aqui e ali, no pasto, ora temos um pé de laranja, além um de cidra, mas a copa mais alta é de um birizeiro, cuja função se limita a fornecer fichas, chamadas de tentos, para o joguinho de truco, através das sementes secas de suas vagens. Lá em cima, nas suas folhas, vi e ouvi cantar muitos passarinhos, tentei imitar seus sons, me encantei com suas cores.

Lentamente vai escurecendo, e o que se via, com os olhos, agora só pode ser visto através da imaginação. Aos poucos vai aumentando o brilho das estrelas. Convém dizer que nem sempre uso palavras com exaurida precisão. Neste caso é melhor substituir o romântico: estrelas por astros, para que não se macule a forma correta de se escrever, sem rebuscar, todavia, palavras em dicionários e vos tirar do doce embalo dos sentimentos para supliciar-vos na árida triagem intelectual.

PREMISSA ARGUMENTATIVA.

Existe uma lei física que chamo de ressonância. Tipo: Os planetas giram em torno de uma estrela, no nosso caso o Sol. As luas giram em torno dos planetas. Os elétrons em torno do núcleo. As Galáxias giram. Todo o Universo gira. Sejam enormes ou microscópicos uns copiam os outros, diria em ressonância, equilibrando as forças do Universo.

EM DECORRÊNCIA.

Não sei bem como foi acontecendo. Notícias de ciclones, esporádicas, foram ocorrendo paulatinamente de forma mais intensa, como também sobre eventos climáticos de maiores intensidades. Na ocasião não notei isto, pois se dissolvia na poluição dos noticiários. Alguns chamam de ciclone, outros de “tornado”. Há até uma certa confusão, pois em alguns lugares ciclone é furacão onde a massa de ar circula em até milhar de quilometros, noutros ciclone é “tornado”, onde essa massa gira por volta de um quilometro, algumas vezes mais, muitas menos. Mas agora pouco se me dá se isto ou aquilo, o fato é que as coisas foram acontecendo. Aí essas tempestades se mantiveram por muitos dias, com muita freqüência nos mares (oceanos) próximos ao equador. Certo mês não parava mais e foi dando a volta na Terra. Hoje gira sem cessar sobre si, por mais ou menos mil quilometros, e circundando a Terra. Circunda a Terra em maior velocidade sobre os oceanos, para reduzir sobre a rugosidade da terra, ocorrendo de leste para oeste, como que se a Terra girando nos seus 1.666 km/h no equador tivesse um ponto referencial se distanciando dessa tempestade, a lhe escorregar sobre o dorso.

Zauilho

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