quinta-feira, 15 de novembro de 2007

MORREU UMA ALMA.


Requiem do Amor.

A dor gerada pela magoa trava a garganta, amarra o ventre, bambeia as pernas, escurece a vista, tranca a alma.

Um’alma se foi... Foi plantada a “cruz das almas”.

Homen pare de respirar. P’ra que viver?

Sol apague sua luz. P’ra que iluminar? O que iluminar?

Flores esmaeçam suas cores, murchem, sequem. Não tem sentido encher de majestade o retumbante brilho da aurora. P’ra que a aurora?

Escondam sua alegria, sua vivacidade, oh! Pássaros. Mar bloqueie sua miríade de vida. Terra negue seiva às plantas. Nada mais significam.

Pare, apague, esmaeça, murche, seque, esconda, bloqueie, negue tudo, todo o mundo, todo o universo, que não haja astros, estrelas: tudo se apague, tudo esmoreça, que o véu negro cubra tudo, não haja flores, risos, alegrias. Tudo deixe de existir... um’alma morreu. Carregou consigo todo o brilho, toda a luz, toda a cor, já não há alegria.

A doçura se foi. O sentimento que lhe era algemado foi amordaçado.

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Fogo arde consumindo combustível e oxigênio.

Fogo quase concreto. Depende do combustível e do oxigênio. Dizem que o que é dependente de outro é abstrato. Ele consome outros. Ele é impalpável, mas queima. Acaba logo que consuma. Ai só ficará em nossas mentes, quase abstrato.


A morte da alma é chama que se extingue.

Alma morre? Será? Isso é real? Ou é a dor que fica, que queima o resto dos nossos sentimentos?


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