quinta-feira, 15 de novembro de 2007

QUANDO

Quando a lucidez não for mais o teu forte,
Quando a transparência de teus pecados,
Anunciarem inexorável a iminência da morte,
E Deus já te tiver de dias saciado...

Quando mais vasto for o repertório de lembranças,
E mais definidas e claras forem as esperanças,
Quando fracos os teus membros sentir,
E frágil e amargo for sorrir...

Quando da vital maratona, os últimos passos,
Estiverem completando com despojados traços
O quadro que a tua vida representar...

Que o arcabouço enriquecido da experiência,
Espalhe que o amor gera não só a paciência,
Mas a paz é a filha dileta do verbo amar...

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